O céu fecunda a terra «entre o pranto da chuva e o sorriso do sol, na apoteose do arco-íris a que todo o chinês devia voltar pudicamente a cara». É no conto sobre o opiómano, o homem da meia vida, o antiquário «aloucado» que vem este instante de magnificência. É nesse conto que aprendo a recusa de inventar uma causa romanesca para tal tragédia. «Não bastaria a frágil condição humana, o desgosto de viver?». Uma mulher que assim sente, mata-se por dentro ao viver. Cita Fernando Pessoa: «sentir a vida convalesce e estiola». A vida, essa meia-vida, aquém do sonho, além da ilusão.