O livro é uma pequena narrativa sobre o difícil amor a João e a impossibilidade do amor de Álvaro. A história de Francisca Teresa, a sua vida, o morar confinada: «esta casa um navio à deriva, a termiteira o beque da proa, cada um de nós um náufrago». É uma carta para Isa. «Isa: nas famílias há geralmente anéis que passam de geração para geração, ou certas feições, ou, digamos, uma vocação artistica. E doenças, esquisitices, tendências, por exemplo, para a hipocondria, o suicídio. Na nossa é a falência do amor». O livro, o pequeno livro, chama-se A Casa Suspensa. Foi editado em 1982. É uma história de muitas histórias, comoventes, naufragadas, condensadas em instantâneos de eternidade: «Há séculos não chorava! Que, ao fim e ao cabo, o meu desafio tem sido a compaixão pública».

Devo à amabilidade de uma leitora, Helena Laranjeiro - que me perdoe se a embaraço, citando-lhe o nome - o ter-me lembrado estas duas obras da Maria Ondina: Quando o claustro é sem ninguém. Braga, Fundação Bracara Augusta, 2000, textos sobre Braga retirados de Estátua de Sal e Contos de riso e siso. Braga, Autores de Braga, 2000, em co-autoria com Luís da Silva Pereira e Maria Adelina Vieira.