«Em 1904 o Colégio contava com 130 asiladas, das quais quarenta e nove se empregavam nos serviços de costura, malha e bordados, vinte e quatro nos serviços de engomadoria e trinta e cinco nos serviços de tecelagem. Ficcionalmente, Maria Ondina Braga (1932-2003) evocou este colégio no seu conto "Casa de Regeneração", publicado no livro Amor e Morte (1970; posteriormente, os contos deste volume foram refundidos e aumentados, surgindo num novo livro com o título O Homem da Ilha [1982])». Está aqui no Blog da Rua Nove. É um texto sobre o Colégio da Regeneração, em Braga, «um espaço de eleição para muitas famílias do norte de Portugal encomendarem os seus trabalhos em linho, lã, ou algodão».
«O fim do Collegio é retrahir do caminho de perdição e rehabilitar religiosa e civilmente as pessoas do sexo feminino extraviadas e sem meios de subsistencia».
Casa de asilo, lugar de exílio, o extravio e a falta de meios de susbsistência, a perdição de quem da vida se perde, um espaço de eleição, uma central de encomendas. «Vários enxovais se iniciaram com lençóis, colchas, toalhas de mesa e toalhas de rosto aí manufacturadas e muitas obras dos teares desta instituição têm sido carinhosamente conservadas ao longo de várias gerações como exemplo de trabalhos executados com perfeição».