Há tantos dias sem a ler e a transportar comigo o seu livro, ainda o mesmo. Maria Ondina é a escrita no feminino, um feminino meigo e subtil, feito do intervalo entre os sentimentos e as paixões, o jardim da suavidade, a aspereza da solidão. Sento-me com ela esta noite, mulher para quem os «sonhos eram sempre calmos, sonhos de quem de dia cansa o corpo e não fala de si a ninguém». Estamos na soleira da porta da vida, tranquilos e connosco pacificados.