Estar-se à mercê do destino, de um gesto alheio, doer-nos a sua ausência. Sofrer-se a incompreensão silenciosa ou o desprezo ruidoso. Tornar-se ridículo carpir, encerrar-se a dignidade no interior austero de cada um. Concebido desnaturadamente «tal a primeira mulher do mundo, segundo Confúcio concebera da própria sombra». É assim em Maria Ondina Braga, no conto O Filho do Sol: «a Deusa da Ansiedade velava pelo seu fado, porque nenhum deus sabia o seu horóscopo».